quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Curling

Toda vez que começa uma olimpíada de inverno, todos nós ficamos fascinados com um jogo estúpido chamado curling. Você encontra um amigo na rua, e tudo o que você ouve falar é sobre o jogo da vassourinha.


O que ninguém consegue admitir é que o curling é jogo muito parecido com a subestimada bocha, só que é no gelo e tem a maldita vassoura. E eu posso entender que qualquer coisa no gelo fique mais legal (sumô no gelo, volêi no gelo), mas a vassoura, que é um inexplicável motivo de fetiche, não tem nada demais.


Varrer coisas, em geral, não é divertido.

China

O Oriente, ao contrário do que pensa o Ocidente (assim como o Ocidente, ao contrário do que pensa o Oriente), é odiável. Os japoneses, por exemplo, são cuzões e autoritários. Pra caralho.


Os coreanos também me irritam muito, e os que menos me irritam são os chineses. Só tem duas coisas que me deixam puto com eles.


Uma delas é dar nome de cor pros rios. Se eles aindam fossem coloridos, mas não, tem a mesma cor de bosta que os outros.


A outra coisa que me irrita é como os chineses distorcem as estatístcas mundiais. Por causa deles, é possível afirmar que 20% da população come cobra, ou que o badmington é o segundo esporte mais popular do mundo.


Na boa, quantas pessoas você conhece que jogam isso? Ou que ao menos tenham uma peteca em casa? Na boa, cara, peteca?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Vieira

Alguém discorda que a Suzana Vieira é a pessoa mais irritante do sistema solar?


Além de ter o síndrome de Supla, em que você tem 95 anos e age como uma pessoa de 15, ela tem aquela cara de perua mal comida.


Eu não aguento mais abrir um jornal ou uma revista e ver uma foto dela numa festinha. Bons tempos aquele em que a capa da Caras era o Itamar Franco e uma mina com a xoxota a mostra.


A Suzana Vieira está sempre sorrindo, e uma das coisas que eu menos suporto é gente que está sempre sorrindo, puta que o pariu, acho que é por isso mesmo que eu não vou com a cara desse Dalai Lama, ele não me engana.


Sorrir é legal, mas uma pessoa que sempre sorri é aquela que não tem o menor senso crítico.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Samba

Alguém viu aquela maldita escola de samba cujo tema do seu desfile nesse ano era o bacalhau?


Na boa, bacalhau?


Toda época de carnaval surge aquela áurea nos desfiles de que tudo já virou samba enredo, o que é uma puta de uma mentira causada pelo fato de que os caras escolhem temas completamente idiotas.


O bacalhau é, no universo gastronômico, um dos últimos itens na lista que deveria virar tema de música, partindo do princípio, claro, de que alguém incrivelmente imbecil não consegue pensar em nada além de comida na hora de compor uma canção. Enfim, tem o macarrão, tem também o sorvete, o vinho, o joelho de porco, a alcatra, a torta de limão, o cheesecake e inclusive o doce de pêssego em caldas. Todas essas comidas entram na frente do bacalhau em nível de densidade temática, não que bacalhau seja ruim, pelo contrário.


Ainda mais, dentro de todos os peixes que a gente conhece, existem um número x de espécies que eu considero mais que o bacalhau: o badejo, o salmão, o atum, a sardinha, o robalo, o pintado, o linguado, até o arenque, que é meio escroto.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Carnaval

Realmente, carnaval não é o meu feriado favorito.


É nessa época do ano, por exemplo, que você é bombardeado pelos novos hits de axé e funk do verâo, o que eu não tenho nada contra a não ser pelo fato de que é uma bosta.


Entre esses dois gêneros musicais, eu fico com o segundo, porque ele é bem mais sincero, é pau na bunda mesmo. O axé peca pela indecisão: uma hora o cara desce, outra hora o cara sobe, tem hora que está quente, tem hora que está frio, é pra ir ou é pra vir, porra?

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Moda 2

Tá mó na moda ter disturbio bipolar hoje em dia. Todo mundo sai do psiquiatra com um desses no diagnóstico. Quem inventou essa onda?


O negócio agora no outono-inverno de 2007 é oscilar de humores. Eu, pessoalmente, acho um saco, porra, decida-se, ou você está feliz ou está triste!


Outra que está in é o TOC, e aposto que é tudo culpa do rei, Roberto Carlos.


Nos quesito distúrbios psicológicos, eu sou um purista, e sinto muita falta da paranóia e da síndrome do pânico.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Anedota

Não existe piada melhor que a de mineiro. Provavelmente, só mesmo as piadas de anão chegam perto em nível de sofisticação, mas só o mineiro é um personagem de piadas que consegue ser esférico e psicologicamente complexo.


De certo modo, isso seria um fator para estragar a piada, e não melhorá-la, só que no caso do mineiro, essa sua característica conta a favor da anedota, pois ninguém nunca imagina como ela vai acabar. Ao contrário da piada do japonês que correu pelado e de pau duro em direção a um muro, em que fica óbvio que, no final, ele baterá o nariz.

Suco

Eu não entendo o propósito do suco de melancia, é idêntico à fruta, só que sem o prazer da mordida. A melancia é praticamente um suco por si só, e ela não precisa ser batida no liquidificador. Quase como o sorvete que também não precisa (e não deve) virar líquido para ser desfrutado.


Uma das poucas vantagens do suco de melancia é que ele vem sem caroço. Eu achava isso até um dia em que me serviram no almoço suco de melancia com caroço, numa demonstração absurda de falta de bom gosto e disposição para fazer as coisas direito. Mas, se estando no inferno, o negócio é abraçar o capeta, eu resolvi experimentar de novo o tal suco de melancia e ver se tudo isso que eu disse não era um pouco exagero de minha parte já que a nossa apreciação, com o tempo, muda.


Infelizmente, o suco de melancia continua uma merda. Provavelmente, sempre estará na lista de itens gastronômicos escrotos, como o kani kama.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Vizinho

A criança que mora no apartamento ao lado do meu ouve um disco do High School Musical o dia inteiro, com o volume no talo. E, se não bastasse isso, ela, aparentemente, só gosta de uma música no CD e fica repetindo a maldita ad infinitum.


O que fazer com uma criança dessas? Defenestrá-la? Envenenar o seu Mc Lanche Feliz? Roubar sua bombinha de asma? Assassinar o seu gatinho angorá? Molhar seu aparelho móvel na pimenta malagueta?

Baldwin

Uma das maiores injustiças da cultura popular ocidental é subestimar do jeito que se subestima o grande Alec Baldwin, só porque ele vem de uma família conhecida pela tenebrosa canastrice.


Esse grande ator foi premiado com um Globo de Ouro esse ano pela sua performance no seriado 30 Rock que, por sinal, é uma merda.


Mas se você quiser um ótimo Alec Baldwin, assista Os Infiltrados, The Cooler, O Aviador, entre outros.


A otária da Kim Bassinger, assim que levou o seu Oscar, deu um pé na bunda dele e se fodeu, porque nunca mais fez um filme decente na vida. Ela pode ser gostosa, mas lhe falta um pouco de sensibilidade e bom senso.

Espaço

Acho que um dos maiores otário do século XXI é aquele bilionário que pagou uma nota pra ser o primeiro turista espacial da história, como quem acha realmente um bom investimento queimar milhões de dólares pra passar semanas confinado num cubículo com meia dúzia de pessoas e olhar para um grande preto da janela e dizer "olha, estou viajando no espaço!". De bônus, ele ainda ganha a possibilidade de fazer cocô num evacuador sideral e almoçar, jantar e petiscar ração da Nasa.


Tudo isso pra voltar pra casa com uma experiência única, além de um estado de depressão profundo e uma osteoporose precoce.


Que otário.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

R.I.P.

Não existe nada mais mórbido do que quando uma gostosa morre. Porque é inevitável, mais do que nos outros casos, imaginar que aquela mulher homenageada em tantas punhetas mundo afora está sendo carcomida por vermes, e que dentro do seu caixão só sobrará os dois pares de silicone que fizeram sua fama.


Anna Nicole Smith, no final das contas, aguentou um velho escroto de 89 anos por 14 meses e vai embora dessa vida de mãos vazias, o que nos faz pensar que parte do golpe do baú envolve continuar vivo para receber e abusar do dinheiro do otário com quem você casou.


Mas a morte que realmente me deixou triste foi a do Pedrinho Mattar, com ele morre o ilustre programa Pianíssimo da Rede TV, que fez minha noites tediosas em casa ficarem mais tediosas ainda e, portanto, um pouco mais interessantes.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Moda

Se existe uma roupa que deveria voltar à moda é a calça paraquedas. Ela é leve, espirituosa, te dá um status de poder ostensivo e ainda por cima é essencial para fazer o passinho de dança no Can't touch this, pois, sem ela, a ilusão do deslize no chão não existe.


Por outro lado, uma das coisas mais imbecis que ando vendo ultimamente, principalmente em dias frios, é gente usando cachecol e bermuda, como se só a parte de cima do corpo fosse sujeita a sentir o incômodo das baixas temperaturas, e só a parte de baixo do corpo fosse descolada e avessa a afetações.


Outra que eu não aguento são as luvas sem dedos da Ana Maria Braga, não foi só uma vez que eu vi pessoas em plena juventude usando isso, mas várias. Eu não tenho que dizer pra condenada que esse aparato é duplamente inútil, pois além de não esquentar a mão ele é bastante ridículo.


Esse negócio de inventar moda parece fácil, é só você pegar uma idéia já criada por alguém e tirar toda a sua utilidade, eu por exemplo posso desfazer minha fama de demodé quando sair na rua com um leque esburacado, um pár de óculos da Chiquinha e a cueca com um buraco no saco.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Enduro

Não tem jogo mais irritante no mundo que Enduro, do Atari. Não bastasse o problema dele não ter fim, ele causa uma falsa esperança no jogador de que haverá um final depois que você passar o número de carros que ele te pede. Mas, no lugar de um parabéns ou de uma animaçãozinha precária, tudo o que você ganha é uma bandeirinha vagabunda no canto da tela e a possibilidade de continuar correndo numa pista interminável.


Enduro é, de certo modo, o E o vento levou... dos jogos.

Cebolinha

O que mais me assusta no Cebolinha não é o fato de que ele troca o erre pelo ele nem a sua calvície precoce, mas sim o seu cocoruto, que é reto e rente aos dois fios do cabelo que ficam caídos. A cabeça dele é reta como uma mesa, e ele é a figura com o maior número de bizarrices na turma da Mônica ainda que, para compensar, seja o único com dedos no pé.


Mas, de todos os desenhos, o mais horroroso é, com certeza, o Mickey Mouse e suas orelhas que nunca mudam de posição, esteja o camundongo te olhando de frente ou de perfil.


Eu poderia sujar o blog com imagens ilustrativas, mas dêem um google image vocês mesmos.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Video Game

Quando o meu filho nascer, eu vou comprar um video-game pra ele. Video-game é, sem dúvida, a melhor coisa que você pode dar pro seu filho quando criança.


Preste atenção que a minha geração ainda se divide entre os modernos e os pós-modernos. E só existe uma coisinha que determina de que lado você fica: o video-game. As pessoas que cresceram jogando mario bros viraram pós-modernas: são descoladas, multi-culturais, elas são in. Já o coitado que cresceu sem o seu Mega Drive e só ganhava jogos educativos no natal viraram pessoas modernas. Essas pessoas não conseguem, por exemplo, assistir televisão e mexer na internet ao mesmo tempo, são daquelas que, quando mascam chiclete, não andam.


O apelo de um Mario está no seu caráter universal, para não dizer globalizado. Afinal, é a história de um encanador ítalo-americano que se encontra num mundo meio japonês e meio medieval europeu. O chefão, Bowser, é o produto mais tenebroso dessa mistura, como se fosse o filho de um dragão tarado que um dia resolveu violentar uma pobre tartaruga.


Já o Sonic, por sua vez, não tem a mesma graça, porque porco-espinho é o bicho mais idiota da face da Terra.

Freud de cu é rola

Outro dia estavam me contando como a mãe do Freud era meio que gostosa pra época dele. Dá para imaginar como seria criar a teoria do complexo de Édipo hoje em dia se você fosse filho da Angelina Jolie? Hipoteticamente falando é claro, porque o filho dela é adotivo, e filhos adotivos + celebridades de Hollywood sempre dão em samba, que diga o Woody Allen.


Por outro lado, até mesmo o austríaco safado disse: "Às vezes, um charuto é apenas um charuto". Então qual é a desse pessoal que lê Freud sem o menor senso crítico? Claro, qualquer salame que não venha fatiado pode te lembrar um pirocão roliço, mas nem por isso ele fica mais gostoso.